Ao falarmos de unidade, estamos falando da unidade da Igreja (interna), que tem implicações fora dela, na vida familiar, comunitária e social. A unidade da Igreja é uma obra exclusiva de Deus Uno e Trino; não somos nós seres humanos que a criamos, nosso compromisso com ela é o de mantê-la, ao contrário, poderemos rompê-la.
Em Jo 17, Jesus rezou pela unidade da Igreja e pediu ao Pai que nos desse o dom de preservá-la, “Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).
A credibilidade do nosso testemunho cristão passa pela unidade; outros acreditarão, se buscarmos ter “um só coração e uma só alma” (At 4,21). Jesus Cristo garante a unidade dos batizados, membros do seu corpo – a Igreja (cf. 1Cor 12), pela sua presença viva, pela fé dos cristãos, pela escuta e testemunho da Palavra, pelos sacramentos e pela caridade.
O apóstolo Paulo salienta que, embora formamos um só corpo, os dons e os ministérios são diversos. Logo, não se trata de uniformidade, mas de unidade na pluralidade. A unidade não é a coincidência de ideias e conceitos, porém de um compromisso. É um chamado para amar a todos, mesmo quando somos inteiramente diferentes uns dos outros. Os alicerces da unidade são: Jesus Cristo, o amor e o Espírito Santo.
Enquanto a unidade faz com que andemos na mesma direção, apesar das diferenças, a comunhão fala da fraternidade e da importância de estarmos juntos. Ela faz com que amemos nossos irmãos na gratuidade, independente de estarmos unidos, ou não, é a vivência da resposta litúrgica: “O amor de Cristo nos uniu”.
Fonte: Revista A Igreja na Diocese de Guarapuava. – Foto: Jorge Teles