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CNBB participa de sessão sobre os 40 anos do movimento “Diretas Já” 

A Câmara dos Deputados dedicou a sua 74ª sessão, não deliberativa solene, na manhã da quarta-feira, 5 de maio, a uma sobre homenagem os 40 anos do Movimento Diretas Já. O requerimento da sessão partiu dos seguintes deputados federais Luiz Carlos Hauly, Marangoni, Maria do Rosário, Zeca Dirceu, Pedro Uczai, Alexandre Lindenmeyer e Odair Cunha.

Todos os propositores da solenidade discursaram destacando, no início da sessão, que o Movimento Diretas Já foi emblemático para a redemocratização do país, unindo brasileiros de diferentes perspectivas ideológicas numa grande mobilização nacional em torno da defesa do voto direto para presidente, processo que culminou no processo da Constituinte de 1988.

O bispo auxiliar de Brasília, dom Denilson Geraldo, representou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na solenidade. O bispo manifestou no início de sua fala na tribuna a solidariedade material e espiritual da CNBB às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Dom Denilson destacou que a presença de milhões de brasileiros nas manifestações pelas “Diretas Já”, em 1984, as eleições seguintes e o processo constituinte, bem como o surgimento e o fortalecimento de organizações da sociedade civil, ensejaram o processo de abertura que alcançou o seu ápice na nova ordem constitucional a partir de 1988.

“Nesse processo de redemocratização da sociedade brasileira, a Igreja Católica do Brasil contribuiu, por meio de sua ação evangelizadora, em diversas ações que refletiram-se nos vários documentos eclesiais que foram lançados sobre o aprimoramento das relações democráticas no país”, disse.

O representante da CNBB, reforçou que passadas quatro décadas, a Conferência dos Bispos do Brasil insiste que “uma autêntica democracia não é somente o resultado de um respeito formal de regras, mas é o fruto da convicta aceitação dos valores que inspiram os procedimentos democrático, a sabera dignidade da pessoa humana, o respeito dos direitos da pessoa, o fato de assumir o bem comum como fim e critério regulador da vida política. Se não há um consenso na sociedade sobre tais valores, se perde o significado da democracia e se compromete a sua estabilidade” (CDSI, 407).

Fonte CNBB

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