Mais uma vez, o julgamento que pode decidir o futuro do povo Krahô Takaywrá, do município da Lagoa da Confusão, em Tocantins, foi adiado. O povo aguarda uma confirmação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) sobre a decisão dada em fevereiro de 2020, pela Justiça Federal, sobre a aquisição e destinação de terra para posse e ocupação da comunidade da aldeia Takaywrá.
Há também uma enorme expectativa para que o tribunal reconheça o dano moral coletivo sofrido pela comunidade ao longo de décadas pela morosidade e ausência do poder público, condenando o Estado a indenizá-los.
De acordo com informações do CIMI, Conselho Indigenista Missionário, há mais de 16 anos o povo Krahô Takaywrá vive em condições de extrema insegurança em uma área de preservação permanente (APP), localizada dentro do assentamento São Judas Tadeu, no município da Lagoa da Confusão, no estado do Tocantins. A área provisória destinada aos indígenas é alvo de alagamentos frequentes, que ocorrem em decorrência das fortes chuvas e das cheias dos rios.
É a terceira vez que o caso é retirado de pauta, causando enorme frustração à comunidade, que se deslocou até Brasília para acompanhar, na última quarta-feira (22), o julgamento no TRF1. Os indígenas souberam do adiamento minutos depois do início da sessão.
Fonte: CIMI – Foto: Adi Spezia