
Intitulada “Turismo e Paz” a mensagem para o 45° Dia Mundial do foi divulgada hoje (28/05) pelo Dicastério para a Evangelização, Seção sobre Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo.
O Dia Mundial do Turismo é celebrado pela Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas em 27 de setembro.
A mensagem é assinada pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella. A mensagem ressalta que num período tão conturbado é importante oferecer a quem viaja um momento de reflexão e compromisso pessoal. “O intercâmbio cultural entre os povos, que encontra no turismo a sua forma privilegiada, pode também transformar-se num compromisso concreto pela paz”.
A mensagem também aponta que nos locais onde há focos de guerra o turismo sofre pela falta de segurança e o local terá falta de turistas e isso gera uma expressão adicional de pobreza entre a população, que vê desaparecer uma forma de sustento necessária para viver com a devida dignidade. A guerra traz consigo uma série de consequências das quais as pessoas geralmente não estão totalmente cientes mas, que afetam diretamente a vida das pessoas. “Onde há violência de guerra, todos são afetados, ninguém é excluído”, ressalta a mensagem do Dicastério.
O Dicastério, que se do turismo religioso, se sente interpelado pelo atual contexto mundial e deseja contribuir para que a mensagem de paz chegue aos que trabalham no setor turístico. Lembra com gratidão o compromisso de tantos sacerdotes e leigos “que dedicam suas vidas para tornar o turismo e as peregrinações ativos e fecundos”, convidando-os “a se abrirem a novos caminhos” quando necessário por razões de segurança. “O interesse que move milhões de turistas”, observa o texto, “pode facilmente ser combinado com o compromisso de fraternidade, de modo a constituir uma rede de ‘mensageiros da paz’ que falam ao mundo inteiro para invocar o fim de toda guerra e a reabertura de territórios cheios de história, cultura e fé”. O turismo, enfatiza-se ainda, “pode favorecer a recuperação das relações interpessoais pelas quais todos nós sentimos uma profunda saudade. Trata-se de recuperar e promover, além da tecnologia, essa “cultura do encontro”, tão “fortemente apoiada pelo Papa Francisco”.
Em sua bagagem, esteja a abertura para o mundo e para os outros
O encontro entre pessoas é uma ocasião de diálogo, o conhecimento recíproco e uma fonte de respeito, e o turismo religioso deve colocar tudo isso no centro. “Que nunca falte”, afirma a mensagem, “o apelo e a oração pela paz no mundo e, ao mesmo tempo, pela paz nas relações interpessoais”. Lembrando que “ser construtores de paz não só é possível, mas é exigido daqueles que empreendem uma viagem”, a abertura ao mundo e à pessoa que se vai encontrar é, para o Dicastério, “um verdadeiro programa a ser incluído na bagagem quando se parte para desfrutar de um merecido descanso ou para encontrar momentos de repouso nos quais contemplar a beleza da criação”.
Peregrinos em Roma para o Jubileu de 2025
A Mensagem recorda que o Jubileu 2025, que terá início em 24 de dezembro próximo, chamará milhões de peregrinos a Roma “para viverem a experiência da indulgência jubilar”, impelidos pelo sentimento de esperança que habita no coração de todos. “O turismo caracterizado por esta esperança – sublinha o texto – pode tornar-se também um sinal concreto e tangível para a construção da paz”. A este respeito são citadas algumas palavras significativas do Papa Francisco: “Será demasiado sonhar que as armas se calarão e deixarão de causar destruição e morte?” O Jubileu nos lembra que aqueles que se tornam “agentes de paz serão chamados de filhos de Deus”. A necessidade de paz interpela a todos e torna necessária a realização de projetos concretos”. Este, portanto, é o convite dirigido no próximo Dia Mundial do Turismo a todos os que trabalham neste campo e para aqueles que viajam “com sentimentos e um desejo de serenidade e concórdia”.
Fonte: Vatican News